terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Gothic Lolita

Well, antes de tudo, devo me desculpar pela demora em fazer novas postagens.
Sobre o post, é mais um prato cheio pra quem curti a cultura nipônica e suas variáveis.

Boa leitura!

Gothic Lolita ou "GothLoli",é uma moda urbana japonesa popular entre adolescentes e jovens adultas que vestem roupas de inspiradas, em sua maioria, pela moda vitoriana, rococó ou edwardiana e freqüentemente tentam imitar a aparência de bonecas de porcelana ou princesas. A origem do gosurori é uma combinação da moda lolita – que envolve tentar parecer ‘fofa’ ou meiga a ponto de parecer infantil – e certas características da moda gótica.

Gothic Lolita é uma das subcategorias do visual Lolita (Loli). Outras categorias incluem Classic Lolita (mais tradicional, contando com estampas florais, cores mais claras e mais sofisticadas, e com ar mais ‘maduro’), Sweet Lolita (tons pastéis, temas angelicais, renda, laços e flores), Ero Lolita (que usa cinta-ligas, saias mais curtas, corsets e babydolls), Punk Lolita (usa de corsets, tecidos em xadrez, estampas com caveiras), Country Lolita (abusando de estampas quadriculadas e florais para criar o efeito meigo e campestre) e Gurorori (com temas mais mórbidos).

Como isso é uma subcultura japonesa não tem nada haver com visão política
e etc.

Não existe música apesar de Mana Sama (guitarrista da banda MOi dix Mois) ter divulgado ainda mais a moda com sua grife "Moi Même Moitié" = “Minha Mesma Metade”.

E muitas lolitas assumem seu gosto musical como Visual Kei,Oshare Kei, J-pop e etc.

Tipos de Lolitas

Elegant Gothic Lolita (EGL) é um tipo da roupa de estilo de moda Lolita criada pelo músico e desenhista de moda japonês [Mana]. Mana tem sua própria loja de EGL, Moi-même-Moitié. Ele tem ramais em Shinjuku e Hiroshima, assim como sua loja on-line.

É comumente confundido como o termo geral de moda Lolita e estilo Gothic Lolita na cultura de Lolita Ocidental. O nome "EGL" aplica somente à roupa no estilo Elegant Gothic Lolita, não a moda Lolita em geral. O nome diferente reflete a prevalência de cores brancas, pretas, e escuras em geral comuns à moda de gótica.

O EGL compõe a metade das linhas de moda de Moi-même-Moitié; o outro que pela metade é EGA, ou Aristocrata Gótico Elegante, que se diferencia de EGL em que ele é uma linha andrógina da moda que satisfaz ambos os sexos e é geralmente considerado ser o duplo mais maduro.

Moi-même-Moitié (também conhecida somente como "Moitié", como Moi-même ou como MmmM) é uma grife basicamente Gothic Lolita, criada por Mana (o fundador e guitarrista principal da extinta banda de Visual kei, Malice Mizer, e que agora possui um projeto solo chamado Moi dix Mois). Fundada em 1999, a Moi-même apresenta estilos idealizados por Mana com base em estilos pré-existentes nas ruas japonesas - Elegant Gothic Lolita e Elegant Gothic Aristocrat. Suas roupas aparecem freqüentemente na revista japonesa "Gothic & Lolita Bible".

Suas roupas possuem ótimo caimento e são muito bem trabalhadas. Além disso, o renome do criador da marca ajuda a elevar os preços de suas peças. Vestidos de outras marcas gothic lolita custam cerca de 24,000 ienes, mas os vestidos da Moi-même custam, em média, 49,550 yen. A grife produz camisas, casacos, vestidos, saias, bolsas de mão, headwears (tipo de tiara usada na moda Lolita) e até roupas de baixo (como bloomers, e anáguas, usadas para dar volume à saias e vestidos). Ás vezes até a produção de sapatos em edição limitada está disponível.

As roupas da Moi-même-Moitié são geralmente feitas de tecidos de algodão preto, veludo ou seda com rendas e apresentam alguns detalhes em azul escuro ou branco. Um tema comum a ser aplicado nas roupas são estampas com portões de ferro, que geralmente ficam na "bainha" de vestidos, saias e em algumas bolsas. Alguns dos itens possuem o slogan da grife, "Elegant Gothic Lolita Aristocrat Vampire Romance."

A marca é famosa entre bandgirls fã de Malice Mizer e Moi dix Mois, que "adoram" Mana. Suas idéias sobre a moda aristocrat e a moda gothic lolita japonesa também são populares entre lolitas que não gostem necessariamente de visual kei.

Nota: No Japão, os nomes EGL e EGA NÃO são usados para se referir a uma pessoa. Não se diz "sou egl" ou "me vesti de ega". Os estilos continuam sendo gothic lolita e aristocrat, ainda que as roupas usadas sejam das linhas Elegant Gothic Lolita ou Elegant Gothic Aristocrat da Moi-même-Moitié.

Mana é um músico, empresário e estilista japonês, famoso por ter sido líder e guitarrista da banda de visual kei Malice Mizer. É considerado o figurão do movimento Gothic Lolita japonês, tendo ajudado a popularizá-lo. Moi Dix Mois é o atual projeto solo de Mana.

Sobre Mana – Biografia

Mana nasceu no dia 19 de março, em Hiroshima; embora haja muitos rumores, seu verdadeiro nome e ano de nascimento são desconhecidos. Ainda cedo, Mana foi introduzido à música clássica por seus pais, ambos os professores de música. A música clássica tem permanecido como uma influência em seu trabalho desde então. É dito que ele, quando estava no colégio, escutava Mötley Crüe e tinha o corte de cabelo moicano.

No colégio, Mana preferia as aulas de arte da pintura e escultura. Na adolescência descobre o "heavy metal" e pede aos seus pais uma guitarra. Seus pais não compreendem o seu objetivo e lhes dão o instrumento, mas não o que Mana desejava. Ele nunca utilizou a guitarra que os seus pais lhe deram, pois se comprara mesmo uma guitarra elétrica [carece de fontes?].

Chegou a montar uma banda chamada Ves.tearge. Mais tarde, ingressou numa banda punk em Osaka, chamada Girl e, onde compôs sua primeira canção: "AntiWar". Nessa época Mana usava o pseudônimo de Serina e, junto ao grupo, lançou uma fita demo com duas músicas.

Malice Mizer

Algum tempo depois ele se mudou para Tóquio onde conheceu Közi e ingressou em uma nova banda, Matenrou, como baixista e Közi como guitarrista. Közi e Mana, que compartilhavam semelhanças musicais, fundaram o Malice Mizer após Matenrou ter terminado suas atividades.

Como guitarrista e líder da banda, Mana foi o principal compositor e quem tinha o poder de decisão junto ao restante do grupo. Mesmo divergindo dos outros integrantes, como o ex-vocalista Gackt, Mana conseguia manter o equílibrio entre as diferenças de opiniões e criatividade. Dessa forma, o Malice Mizer, que nasceu no ano de 1992, manteve-se na ativa até o ano de 2001, embora a banda tenha sofrido algumas mudanças da sua formação original até a última.

Após vários anos de sucessos, no dia 11 de dezembro de 2001, o grupo anunciou a sua separação.

Comportamento

Mana-sama não fala em público. Justificou-se dizendo: "Me expresso através de minha música". Invariavelmente, quando concebe entrevistas gravadas para a televisão, Mana responde através de seus vocalistas ou representantes.


Moi Dix Móis

No dia 19 de março de 2002, dia do seu aniversário, Mana anunciou oficialmente a formação do seu novo projeto solo, Moi dix Mois, que significa: "Eu dez Meses" (em francês). Após o final do Malice Mizer, Mana passou a colocar em prática toda a sua visão, inteiramente pessoal, sobre produzir música. Dessa forma, as diferenças entre ambas as bandas tornaram-se perceptíveis e óbvias. Como se trata de um projeto solo do ex-líder do Malice Mizer, a banda passa por constantes mudanças, como troca de membros e sonoridades diferentes a cada álbum. Além de líder e compositor, ele é guitarrista.

Curiosidades

Como o Moi dix Mois é um projeto solo de Mana, sua formação muda sem maiores remorsos ou problemas. Atualmente, a banda possui uma formação diferente da inicial. Evidente que o único membro oficial e fixo é o próprio Mana. Além disso, o figurino de todos os membros do projeto é inteiramente produzido pela grife Moi-même-Moitié.
Mon+amour, o fã-clube oficial de Mana, é tido por ele como "eternal society". Na época do Malice Mizer, o fã-clube oficial se chamava "Ma Cherie".
Mana gosta de: curry, mangás, cosplays, maquiagem, cozinhar, filmes de horror, jogos de vídeo-game, e da cor azul.
Mana odeia luz eléctrica.

Gothic & Lolita Bible

É uma revista publicada de maneira irregular e que teve um papel fundamental em promover e definir o estilo. O nome Gothic & Lolita Bible se refere ao fato da revista publicar coisas sobre tanto o gótico quando o Lolita como um todo, e NÃO por ela se dedicar somente ao Gothic Lolita.

A revista de mais de 100 páginas inclui dicas de moda e maquiagem, fotos, moldes para costura, catálogos, receitas, entrevistas com astros do Visual Kei e do estilo lolita ou gótico no Japão (ou até mesmo fora dele), histórias em estilo mangá, poesia e idéias de decoração. A G&LB, como o nome da revista é abreviado, não deve ser vista como um livro de regras de como ser lolita, mas como uma revista de referências e dicas.

Um dos ícones da cultura Gothic Lolita, o escritor Novala Takemoto, escreve para a G&LB e lá dissemina suas idéias através de poemas e colunas.

Anime e Mangá e bonecas Pullips

Como o gosurori é popular entre os fãs de animação e histórias em quadrinhos japonesas personagens vestidos em algum dos subestilos Lolita (ou como Maid, que alguns consideram parte do Lolita e outros não) podem ser encontrados com relativa facilidade. As próprias lolitas japonesas, no entanto, mantêm relativa distância de muitos destes mangás, sendo que seu público geralmente é formado por fãs do sexo masculino.

Alguns dos animes e mangás mais conhecidos que retratam uma ou mais pessoas que se vestem dentro do estilo lolita ou de suas vertentes incluem Princess Ai, Princess Princess, Paradise Kiss (publicado pela Conrad), NANA, Death Note (Publicado no Brasil pela JBC), X-Day, Le Portrait de Petit Cossette, Rozen Maiden, Tsukuyomi - Moon Phase, Othello, Chobits (publicado no Brasil pela JBC), xxxHOLiC (publicado no Brasil pela JBC), Pitaten, Hakushaku Cain, God Child, CLOVER e Card Captor Sakura.

Pullip dolls são bonecas fabricadas no Japão pela Jun Planning direcionada a colecionadores pouco difundida no Brasil, mas ganhando espaço, há muitos colecionadores de pullips aqui no Brasil e em muitas partes do mundo, principalmente no japão, possui grupos isolados de gothic lolitas que se vestem mesmo como lolitas aqui no Brasil, mas é muito comum no Japão

Lolitas – “Avançado”

1 – Lolitas são sensuais, e gostam de apelar ao imaginário masculino/feminino.

A verdade: Há uma espécie de esforço coletivo entre as lolitas ocidentais para livrar o estilo lolita do estigma de sensualidade que o persegue graças à relação do nome da moda e do livro de Nabokov. As lolitas japonesas não passam exatamente por esse tipo de situação – lá a sexualização da imagem da lolita é em boa parte culpa de animes e mangás – mas é parte do estilo de vida que algumas adotam não querer crescer, e consequentemente manter o ar inocente de uma criança, e, portanto, tabu conectar lolita e sexo. (vale lembrar que a grafia japonesa para lolita como estilo de moda é roriita, e para o livro, rorita) Mesmo erololitas não usam de apelos sexuais, sendo apenas um pouco menos modestas que as lolitas de outros subgêneros.

2 – Mana criou o estilo lolita.

A verdade: A importância de Mana para a moda lolita como um todo é freqüentemente exagerada. Lolita como conhecemos começou a tomar forma nos anos 70, graças talvez à marca PINK HOUSE - e grifes muito importantes para definir o estilo como a MILK é dessa época (A MILK foi fundada em 1970, e fez várias coleções ‘lolita’ na década de 70, com inspiração na cute culture/’movimento kawaii’.) A revista Rococó fez uma lista das datas em que várias marcas lolita foram inauguradas, e mesmo levando em conta que o estilo mudou muito desde o início, essas datas provam que Mana dificilmente pode ter tido qualquer coisa a ver com a ‘invenção’ da moda Lolita.

Datas de fundação de várias grifes:

MILK: 1970
Angelic Pretty: 1979
Heart E: 1987
Algonquins: 1987
BABY, THE STARS SHINE BRIGHT: 1988
Putumayo: 1990
Metamorphose Temps de Fille: 1993
Miho Matsuda: 1996
MARBLE: 1996
VISIBLE: 1997
Peace Now: 1997
Moi-même-Moite: 1999
Victorian Maiden: 1999
h.NAOTO: 2000
Baby Doll: 2001
MAXICIMAM: 2001
Fairy Wish: 2003

Lolita é parte do movimento* visual kei.

A verdade: Não é porque alguns músicos de visual kei se vestem de lolita no palco, fazem photoshoots para a Gothic & Lolita Bible e propaganda para algumas brands que lolita passa a ser parte do movimento.


Toda lolita gosta de visual kei?

A verdade: Nem toda lolita gosta de visual kei, nem toda banda de visual kei vê com bons olhos suas fãs lolitas (vejam o exemplo dado por Dir en grey!) e há particular atrito entre lolitas fãs de visual kei – bandgirls - e outros fãs de visual kei... E outras lolitas. Dizem que lolitas que não são ligadas ao movimento visual kei geralmente não gostam de bandgirls e acham que elas se vestem de lolita somente para se encaixar com outras fãs e não porque elas simplesmente gostam.

Gothic Lolita = Lolitas góticas.

A verdade: O termo foi criado no Japão para definir algo específico, e não simplesmente como a junção de uma ninfa com a moda gótica. Você pode ter vários elementos de ninfeta e da moda gótica em seu visual e não ter nada em comum com uma gothic lolita.

Além do mais, o termo é usado em inglês, sempre. Se ele é um nome próprio que surgiu em inglês num país em que inglês não é a primeira língua, o termo não deve ser traduzido.

Para fins deste artigo, em que visual kei aparece somente para desmistificar certas inverdades e explicar certos conceitos fundamentalmente lolita, usaremos o termo ‘Movimento Visual Kei’. Não cabe discutir aqui se visual kei é um movimento, um estilo musical ou qualquer outra possibilidade.

Créditos do texto: Gui (Voodoo) Gardenia

Referencias:

http://roriita.multiply.com/reviews

http://roriita.multiply.com/video

Comunidade no Orkut:

http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=53495062

domingo, 30 de novembro de 2008

Subculturas Japonesas

Introdução as Subculturas Japonesas

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No Oriente, sobretudo no Japão, as subculturas vigentes são bem peculiares, principalmente no ponto de vista estético. Os adeptos dessas subculturas parecem querer em outras palavras, quebrar os padrões tradicionais de moda, beleza e comportamento. Num país onde a disciplina é muito forte, ainda tem espaço (aparentemente de sobra) para ousadias no que diz respeito à ESTÉTICA. E nesse embalo, começaremos falando sobre as Gyarus.

yarus – as patties nipônicas

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A subcultura gal começou em meados dos anos noventa, quando a onda kogal pegou. As kogal eram meninas do colegial que faziam bronzeamento artificial, usavam marcas caras e tinham um visual meigo e infantil (o prefixo "ko" vem da palavra "koukou", que significa "curso colegial".). O estilo foi popularizado pela bíblia gal, a EGG, uma revista que se dedica à moda gal e ao estilo de vida do mesmo, com matérias sobre sexo, editorais de moda e comportamento.
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As kogal chocaram principalmente por causa do chamado enjo kosai, ou encontro pago. Era uma espécie de prostituição, onde as garotas saíam com executivos para comer, dar voltas no shopping, e, RARAMENTE ir aos motéis, ou love hotéis.
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Os casos de enjo kosai chocaram a mídia, que passaram a ver com maus olhos a subcultura das garotas que freqüentavam a Center Gaii de Shibuya (bairro de Tóquio eternizado pelas gals, e a sua rua principal). Além disso, as kogals popularizaram os printclubs ou PURIKURA, fotos adesivas coloridas tiradas em máquinas.

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Gonguro/Gon gals era o extremo das bizarrices, o chamado "Gonguro”. A pele negra, com muita base para peles negras de verd

ade, cabelos descoloridos, botas gigantes e maquiagem feita com creme facial branco na boca e em volta dos olhos compunha o “visu” básico de uma Gon gal. Buriteri foi a grande modelo do estilo, com sua pele quase carbo

nizada e os longos cabelos brancos, Buriteri foi imediatamente coroada pela EGG, com muitos editoriais e caretas. Nem é preciso dizer que a moda pegou, fazendo com que os salões de bronzeamento lotassem a as Gons galgassem à fama.

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A moda Gonguro fez (e faz) muitas pessoas se perguntarem: POR QUE UMA JAPA QUER SER NEGRA?! A resposta para muitas destas garotas seria: Ser famosa, atingir o estrelato, para muitas Gon gals e muitas outras que viriam a seguir.

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E tão logo 1999 iam embora e 2000 chegavam, o auge prenunciava o fim. Os jornais e a TV nipônica apelidaram as meninas de "Yamanba”, se referindo ao folclore da Yama Uba, a bruxa monstruosa da montanha; as tachavam de porcas, prostitutas, aidéticas. E 2001 chegaram, e as gonguros desapareciam. Buriteri largou a moda depois de muito sofrer com o preconceito, e outras tão somente porque amadureceram e não queriam mais saber das loucuras juvenis.

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Manbas/Center Guys

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Depois das insanidades das gonguro, outro estilo surgia entre as Gyarus. É o colorido Manba, que pegou parte do visual/hábito das antigas kogal/gon gal (principalmente das últimas). A pele continua negra, só que com auto-bronzeadores; adoção total da maquiagem de panda, cores fortes fluorescentes, acessórios "kawaii” da Disney. Não é raro ver fotos de manbas com Mickey, Minnie e Maries pendurados no pescoço. Unhas postiças enfeitadas, pulseiras coloridas, etc. As Manbas logo mostraram força sem fronteiras em 2002, e até hoje é possível achar adeptas (com dificuldade, já que a moda é considerada out entre gals).

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Center guys – Os garotos Manbas

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(Os center guys surgiram entre garotos que queriam ser manbas (manba é uma abreviação do apeli) do preconceituoso das gonguro, Yamanba), e começaram a criar um visual parecido, mas com algumas peculiaridades, com os cabelos espetados e com apliques neons. Assim, logo surgiu a necessidade de uma EGG para os homens, e assim nascia a Monis EGG, específica para o Gal-o, homens que seguem a cultura gal adaptada para eles. (o "o" no fim vem de otoko, homem em japonês). Depois do auge dos Center guys s, outros garotos surgiram e se afirmaram: o Gyarus Oh!Com suas roupas caras, cabelos center-guy sem o colorido antigo e visual bronzeado. Todas as gasl gostam de namorar gyaru-oh!, e vice-versa.Dentre as manbas, existem também as Hime gals, Onee gals, Baika banbas, Banbas, enfim:uma boa gama de subvisuais para todos os gostos. A Shibuya continua cheia de gals interessadas em marcas caras e a Center guys continua lotadasempre a espera de uma nova subcultura.

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“A vida dos homens é muito tediosa, não nos maquiamos, nem nos vestimos bem. Se pudesse nascer de novo, gostaria de ser uma garota, trabalharia numa loja de roupas. Quando eu usava roupas comuns, ninguém falava comigo. Agora que eu ando assim, é muito
mais fácil de fazer amizades. É divertido. Sabe, o único jeito de ter a atenção delas é imitando – as”.

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Disse um adolescente ao Jornal Japan Times.

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Uma curiosidade sobre as Gyaru.

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As Gyarus podem ser divididas por idade. As que estão abaixo dos 14 anos, são chamadas de Mokugyaru ou algo do tipo. As que estão em idade colegial, dos 14 aos 18, são Ko-gyaru, sendo que o prefixo "ko" vem da palavra "koukou", que significa "curso colegial". A partir dos 18, elas são simplesmente Gyarus. Há também uma classificação pela cor da pele (que pode ir do bronzeado comum até tons de pele de negros) e pela cor do cabelo.
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Além da maquiagem pesada, do cabelo e das roupas, podem-se identificar as Gyaru por andarem em grupos de no mínimo três e por falarem alto, quase gritando, em decibéis agudos que poderiam quebrar um copo.

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Comunidade no Orkut

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http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=53495062

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Clubber


Clubber, termo em inglês, atribuído a pessoas que freqüentam danceterias (os clubs em inglês), que foram comuns nos anos 90, ajudou a elevar o Techno ao mainstream, e a cultura noturna pelas grandes metrópoles.

Os clubbers, em geral, se vestem de maneira extravagante e é possível reconhecer um pelas blusas coloridas, com personagens de desenhos japoneses, saias e calças coloridas, leggins, tênis coloridos. O seu armário é geralmente 50% verniz, maquiagens que brilham no escuro, estrelinhas, glitter, glimmer, sombras coloridas (de rosa-choque a azul-piscina), piercings, tatuagens tribais, cabelos estranhos que variam de verde-limão a rosa-choque.

As meninas abusam das pulseiras e colares coloridos, tic-tacs para cabelo de todas as cores imagináveis, piranhas, anéis super coloridos e grandes.

Em geral, os clubbers têm como ponto de encontro os clubes, as Raves ou clubinhos. Nestas são tocados os subgêneros de e-music como: Techno, Trip Hop, Jungle, Underground, Drum and Bass e Trance.

Clubber – Cybermano, direto da periferia!

Cybermano foi um termo popularizado por Érika Palomino para designar
clubbers paulistas vindos da perferia.

O dito visual dos "cybermanos" é exagerado e agressivo, com saias kilt, acessórios néon e cabelos espetados (características mais comuns).
As meninas também têm um visual parecido, com kilts, chuck taylors de cano longo e coloridos. Bichos de pelúcia e a temática infantil é ressaltada aqui.

Porém, muito dos clubbers "riquinhos" rebateram o visual cybermano, tachando-o de feio e "baiano”, ou ainda, "prong".

Outra "polêmica" que houve em São Paulo sobre a tribo foi uma tal "ideologia" à cerca das roupas, impondo significados em cada elemento das vestes. Confusa e de inúmeras variações, a tal "ideologia" causou furor, isso porque muitos clubbers só aceitavam o P. L. U. R (Paz, Amor, Unidade e Respeito) como forma de pensamento, deixando clara a visão pacífica da colorida tribo.

É interessante como a sociedade e o povo brasileiro tentam mudar e melhorar seu aspecto e seu espaço físico. No caso dos Cybermanos isso é bem visível.

Jovens da periferia que saem em busca de um sonho distante. Para alcançar esse sonho muitos deles trabalham, apenas para sustentar a realidade desse sonho. Eles conseguem em partes, realizar esse sonho. Mas por mais que eles alimentem e se unam eles continuam apenas sonhando. Isso porque, a realidade de serem Pobres, inflige uma derrota constante que os faz ter um abismo de grandes proporções com relação ao sonho que eles alimentam, se vestindo de forma extravagante, se opondo à própria realidade e mudando seu comportamento. Tudo isso, em busca de viver a realidade inconstante de fazer parte do outro lado da sociedade.

Matéria da Veja sobre os Cybermanos

-> http://veja.abril.com.br/081299/p_134.html


domingo, 23 de novembro de 2008

Nerds

Nerd é um termo que descreve, de forma estereotipada, muitas vezes com conotação depreciativa, uma pessoa que exerce intensas atividades intelectuais, que são consideradas inadequadas para a sua idade, em detrimento de outras atividades mais populares. Por essa razão, um nerd é muitas vezes excluído de atividades físicas e considerado um solitário pelos seus pares. Muitas vezes com conotação depreciativa, pode descrever uma pessoa com dificuldades de integração social e mesmo atrapalhada que, no entanto, nutre grande fascínio por conhecimento ou tecnologia.

Etimologia

A expressão é utilizada desde o final da década de 1950 no Massachusetts Institute of Technology (MIT). Também há uma versão na qual a palavra derivaria de Northern Electric Research and Development (Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da combalhavam no laboratório de tecnologia, que eram dados a passar noites em claro nas suas pesquisas. Na década de 1960 difundiu-se a sua conotação pejorativa, aplicado as pessoas com inteligência geralmente acima da média, com alguma dificuldade em se relacionar socialmente, e panhia Northern Electric do Canadá, hoje Nortel), ou seja, atribuída àqueles indivíduos que traque não obedece aos padrões, principalmente físicos e intelectuais da sociedade, tornando-se uma pessoa marginalizada, tímida e solitária. Atualmente, no entanto o termo nerd vem sendo usado por determinados grupos relacionados a interesses específicos como forma de se identificarem.

Estereótipo

Segundo uma definição de Lia Portocarrero, “... é o rapaz (ou moça) que nutre alguma obsessão por algum assunto a ponto de a) pesquisar; b) colecionar coisas; c) fazer música; d) escrever sobre (normalmente acompanhado de pesquisa); e) não sossegar enquanto não descobrir como funciona; f) não dormir enquanto o programa não rodar.”

Segundo Paul Graham, "Existe uma forte correlação entre ser esperto/inteligente e ser nerd, ou melhor, há uma correlação inversa maior ainda entre ser nerd e ser popular. Ser esperto parece fazer a pessoa não popular". E dessa forma que vem a conotação pejorativa.

Os Nerds são conhecidos por um determinado estereótipo, muito divulgados em filmes ou desenhos animados, que geralmente não correspondem à realidade total. Eles não têm um padrão próprio de vestuário e são muito sociáveis quando se sentem confortáveis no ambiente.

Apesar de serem uma Tribo Urbana, é difícil reconhecê-los no dia-a-dia pois, ao contrário das outras tribos, não tem um estilo facilmente reconhecível à primeira vista. Tampouco gostam dos mesmos tipos de música, e nem todos freqüentam os mesmos lugares (apesar de uma grande parte freqüentar convenções de quadrinhos e ficção científica).

Subgrupos

Há muitos 'subgrupos' de nerds. Dentre eles, pode-se destacar:

  • Geeks que são aqueles cujo interesse volta-se especialmente para a tecnologia, ciência e informática;
  • Gamers, são os jogadores compulsivos de video games;
  • RPGistas, são os participantes de Role playing games (RPG), normalmente medievais;
  • Fanbase, ou também Fandom, é um grupo caracterizado por ser fã de uma obra, ou conjunto de obras específicas.;
  • Trekkers, ou Trekkie, é como são denominados os fãs de Star Trek;
  • Otakus, são os aficionados por animes, mangás e cultura japonesa;
  • Anime music video;
  • Doctor Who fandom;
  • Fanboy;
  • Fan fiction;
  • Fanon (fiction);
  • Fanposter;
  • Harry Potter fandom;
  • Science fiction fandom;
  • Shipping;
  • Songvid;
  • Star Wars fandom;
  • Tolkien fandom;
  • Trekdom;
  • Battlestar Galactica;
  • Babylon V'ers.

Nerds e a Síndrome de Asperger

Atualmente é incorreto afirmar que "nerds" sofrem de Síndrome de Asperger, pois a maioria deles vivem misturados na sociedade. A maioria deles, inclusive, é dotada de grande capacidade de socializar-se com pessoas com os mesmos interesses que os seus.

CDF ou Nerd?

No Brasil, chama-se CDF o indivíduo inteligente que se dedica muito aos estudos. Usa-se a sigla ou acrônimo "CDF" significando "Cabeça-de-ferro" ou ainda "Crânio-de-Ferro", vulgarmente chamado pelos que não tem essa qualidade de "cu-de-ferro" devido aos extensos períodos que ficam sentados estudando.

É comum confundi-los com os nerds. Entretanto, existe uma diferença entre nerds e "CDF"s: enquanto no primeiro grupo encaixam-se os naturalmente interessados em algum assunto cultural (jogos, livros, filmes...), podendo não ir bem à escola; o segundo costuma referir-se a jovens em idade ginasial que nem sempre têm a escola como ponto central de suas vidas, mas despende um bom tempo aos estudos, resultando em algumas características como obtenção de notas altas, questionamento sobre veracidade da informação passada, mas ainda podem manter-se comunicativos e sociáveis.

sábado, 22 de novembro de 2008

Mods

Mod (abreviação de Modernismo) é uma subcultura que teve origem em Londres no final da década de 50 e alcançou seu auge nos primeiros anos da década de 60.


Origens


A subcultura mod teve inicio com algumas turmas de garotos adolescentes com conexões familiares com o comércio de tecidos em Londres em 1958. Esses primeiros mods eram geralmente de classe média, obcecados com tendências da moda e estilos musicais, como ternos italianos bem justos, jazz moderno e rhythm and blues. Sua vida social urbana era impulsionada, em parte, por anfetaminas. É crença popular que os mods e seus rivais, os rockers, foram uma evolução dos Teddy boys, uma subcultura da Inglaterra da década de 50. Os Teddy boys eram influenciados pelo rock 'n' roll norte-americano, usavam trajes Edwardianos e penteados pomposos. No entanto, não existe um contínuo histórico consistente entre os Teddy Boys e os Mods, cujas origens se encontram fora do espectro do rock and roll.

Enquanto o estilo de vida se desenvolvia e era adotado por adolescentes ingleses de todas as classes econômicas, os mods expandiram seus gostos musicais para além do jazz e do R&B, abraçando também o soul (particularmente da Motown), o ska jamaicano e o bluebeat (versão inglesa do rítmo jamaicano). Eles também deixaram sua marca no desenvolvimento da beat music e do R&B britânicos, exemplificados em bandas como Small Faces, The Who e The Yardbirds. Entre as bandas britânicas menos conhecidas associadas ao cenário mod, estão The Action, The Creation e John's Children.

Os mods se reuniam em pubs londrinos como o Goldhawk e o Marquee Club para exibir suas roupas e passos de dança. Eles usavam tipicamente scooters como meio de transporte, normalmente das marcas Lambretta ou Vespa. Uma das razões é que o transporte público encerrava suas atividades relativamente cedo, e as scooters eram mais baratas do que automóveis. Depois que uma lei exigindo a instalação de pelo menos um espelho em motocicletas foi aprovada, os mods adicionaram 4, 10, 32 espelhos a suas scooters como forma de zombar da nova lei.

Outra subcultura jovem, conhecida como rockers (associadas à motocicletas e jaquetas de couro), freqüentemente entrava em conflito com os mods, levando as batalhas em balneários como Brighton, Margate e Hastings. Em 1964, o conflito "mods versus rockers" deu origem a um pânico moral voltado contra a juventude moderna na Grã-Bretanha.

Decadência e remanescentes

Os mods eram produtos de uma cultura em constante evolução, e talvez tenha sido inevitável que o cenário acabasse por devorar a si próprio. Quando Bobby Moore levantou a taça da Copa do Mundo no verão de 1966, a cena mod já se encontrava em visível declínio. Quando a cultura psicodélica e hippie surgiram, muitas pessoas se afastaram do estilo de vida mod. A cultura hippie representava uma perspectiva calma da vida, em total oposto à energia frenética do mito mod. Bandas como The Who e Small Faces mudaram seus estilos musicais, e não mais se representavam como mods.

Na outra extremidade do espectro, tanto em filosofia quanto em aparência, os "hard mods" (vulgo "gang mods") eram mais violentos do que o resto de seus confrades. Com menos ênfase nas tendências da moda, e com o cabelo raspado bem curto, eles se tornaram os primeiros skinheads. Eles mantiveram a música mod original viva, tomando elementos básicos do visual mod - ternos de três botões, camisas Fred Perry e Ben Sherman, calças Sta-Prest e jeans Levi's - os misturando com acessórios da classe operária, como braçadeiras e botas Dr. Martens.

Ressurgimento e influência posterior

O símbolo usado pelo movimento mod é originário da pop art, e foi baseado no símbolo usado nos aviões da RAF durante a Segunda Guerra Mundial; supõe-se que tenha sido uma evolução da camiseta com um alvo estampado usada por Keith Moon, pois esta foi sua primeira conexão conhecida com os mods.

O filme Quadrophenia, lançado em 1979 é baseado no álbum homônimo do The Who, foi uma celebração do movimento mod, inspirando em parte um revival mod no Reino Unido no final da década de 70, seguido por outro revival na América do Norte no começo dos anos 80, particularmente no sul da Califórnia. Muitas das bandas da época eram influenciadas pela energia do punk britânico, e este ressurgimento foi liderado pelo The Jam. Entre outras bandas destacavam-se o Secret Affair, Purple Hearts e The Chords.

O cenário Britpop dos anos 90 demonstrou claras influências mod, com bandas como Oasis, Blur e Ocean Colour Scene.



Otaku


Otaku é um termo usado no Japão para designar um fanático por um determinado assunto, qualquer que seja. No imaginário japonês, a maioria dos otakus são indivíduos com tendência a se isolar socialmente, que se atiram de forma obsessiva a um hobby qualquer, chegando em seu ápice a apresentar sintomas de fobia social e de comportamento esquivo.

No ocidente, a palavra é utilizada como uma gíria para rotular fãs de animes e mangás em geral, em uma clara mudança de sentido em relação ao idioma de origem do termo. Muitos membros da comunidade acham o termo ofensivo por não concordarem com a distorção de sentido do mesmo e se recusam a ser chamados assim. O termo é normalmente utilizado apenas dentro da comunidade de fãs de anime e mangás e de falantes do idioma japonês, sendo portanto desconhecido para o grande público.

No Japão

A palavra otaku em japonês é, originalmente, um tratamento respeitoso na segunda pessoa (literalmente "o seu clã" ou "a sua família").

Nos anos 80, passou a se usar o termo para se referir a fanáticos ou maníacos. O humorista e cronista Akio Nakamori observou que a palavra era muito utilizada entre fãs de anime e a popularizou por volta de 1989, quando a utilizou em um de seus livros. Este livro, "A era de M" (M no jidai) descrevia um assassino em série que se descobriu ser obcecado por animes e mangás pornográficos, e que recriava as histórias estuprando jovens garotas. A história foi inspirada em um assassino real, Tsutomu Miyazaki. Na época, criou-se um grande tabu em volta do termo e ele passou a ser usado de forma pejorativo para designar qualquer indivíduo que se torna obcecado demais em relação a um determinado assunto.

Com o tempo, surgiram diferentes "tribos" de otaku, que se identificavam de acordo com seus interesses em comum. Algumas delas são:


  • Anime otaku (Animação Japonesa);
  • Mangá otaku (Histórias em quadrinhos);
  • Pasokon otaku (Computadores);
  • Gēmu otaku (Videogames);
  • Tetsudō otaku (Miniaturas, como trens de brinquedo);
  • Gunji otaku (Armas e coisas militares);
  • Auto otaku ou Jidosha otaku (carros, em especial os Kei-jidosha e demais modelos destinados ao mercado interno japonês).

Pode-se associar os otakus aos hikikomoris quando a obsessão por um determinado tema atinge o seu ápice, culminando no isolamento do indivíduo em relação àquilo que não tem relações com o tema em questão e gerando os problemas psicológicos que caracterizam um hikikomori.

No ocidente, uma palavra com um sentido próximo seria "maníaco" ou "fanático". As palavras maniakku ou mania (do inglês "maniac") também são usadas do mesmo modo para pessoas que tem muito interesse, mas de uma forma mais amena e saudável: anime maniakku, gēmu mania, etc. Este uso seria equivalente à palavra "fã" no ocidente.

No Ocidente

Nos Estados Unidos, o termo chegou em 1992 com o anime “Otaku no Video” (Uma mistura de anime e documentário que mostrava a vida dos vários tipos de fanáticos em animação na época) e foi difundido pela revista informativa Animerica como um termo para identificar indivíduos fanáticos como aqueles retratados na animação supracitada. Assim como ocorreu com os Trekkers, os otakus foram considerados uma subdivisão da subcultura nerd e o termo passou a ser usado de forma pejorativa, designando aqueles que são totalmente fanáticos por um elemento dessa subcultura - no caso, animação e quadrinhos japoneses. O termo foi se popularizando conforme os animes se popularizaram, e graças à Internet, o termo se espalhou pelo mundo, e pouco a pouco seu sentido foi modificado conforme se espalhava.

Mesmo que em muitos países o termo otaku seja usado como sinônimo para fã de anime e mangá, em muitos lugares ainda se utiliza o seu significado original, como por exemplo, na Austrália. É necessário certa cautela quanto ao uso do termo, portanto: a multiplicidade de sentidos que ela possui pode gerar conflitos desnecessários.

Visto que o termo pode ter teoricamente vários sentidos, o mais correto tanto gramaticalmente quanto linguisticamente seria manter o sentido original - no caso, japonês - do termo. A alteração de sentido por uso corrente só seria admissível quando o grande público tomasse conhecimento da existência e uso do termo e o adotasse em grande escala, um evento que ainda não ocorreu na esmagadora maioria dos idiomas no qual o termo foi introduzido nos últimos anos.

No Brasil

Este termo foi primeiramente introduzido no Brasil provavelmente pelos membros da colônia japonesa existente no país, mas ficou restrito às colônias e ao seu sentido original (o tratamento respeitoso na segunda pessoa, literalmente "sua casa" ou "sua família"). Porém, o sentido mais novo foi introduzido na época da "explosão" de dekasseguis, ocorrida no final da década de 80, quando o termo já havia adquirido seu sentido pejorativo e o fluxo de dekasseguis do Brasil para o Japão se intensificou.

Porém, a popularização do termo, e em certa medida até mesmo do anime e do mangá no país se deu graças a primeira revista especializada de anime e mangá no Brasil - a "Animax". Em tal revista utilizou-se provavelmente pela primeira vez a palavra otaku no mercado editorial brasileiro para agrupar pessoas com uma preferência por animação e quadrinhos japoneses. Como pôde ser percebido mais tarde, o significado original do termo e a visão pouco favorável que a sociedade japonesa tinha dos otakus não foi citada: o termo fora citado na Animax como sendo somente um rótulo utilizado por fãs de anime e mangá no Japão, e este foi o estopim da grande polêmica.

A omissão de explicações precisas sobre o termo e a posterior popularização de seu sentido já distorcido teve repercussões logo de início: fãs de anime mais velhos e membros da comunidade japonesa que conheciam o sentido original do termo otaku antes da popularização do mesmo foram os primeiros a protestar contra a popularização da distorção do significado da palavra, sendo prontamente rotulados de "anti-otakus", por supostamente "transformar o termo em algo pejorativo". As discussões sobre o termo dentro da comunidade de fãs de anime se iniciaram, sendo esta a primeira possível polarização aceitável como tal dentro da comunidade: muitos membros se denominavam como "fãs de anime" em tentativa de escapar do rótulo de otaku, por saberem do significado pejorativo que a palavra carrega e admitirem tal significado como o correto; enquanto outra parte se denomina prontamente como otaku e prega que não há sentido pejorativo na palavra.

As discussões continuam até o momento presente, em locais que vão desde fóruns especializados em anime e mangá hà comunidades no Orkut, mostrando ainda um traço de polarização em relação ao termo e nenhuma conclusão em definitivo sobre o mesmo. Nos últimos anos, porém, é cada vez mais comum ver programas através dos meios de comunicação utilizando a palavra otaku em seu sentido alterado, posto que a grande maioria não conhece a história do termo, e são justamente estes que recebem mais atenção da mídia. Apesar disso, deve-se observar que lingüisticamente deveria se utilizar a palavra em seu sentido original, como foi citado anteriormente no artigo.



sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Hippies

Os "hippies" (no singular, hippie) eram parte do que se convencionou chamar movimento de contracultura dos anos 60 tendo relativa queda de popularidade nos anos 70 nos EUA, embora o movimento tenha tido muita força em países como o Brasil somente na década de 70. Adotavam um modo de vida comunitário, tendendo a uma espécie de socialismo-anarquista ou estilo de vida nômade e à vida em comunhão com a natureza, negavam o nacionalismo e a Guerra do Vietnã, bem como todas as guerras, abraçavam aspectos de religiões como o budismo, hinduismo, e/ou as religiões das culturas nativas norte-americanas e estavam em desacordo com valores tradicionais da classe média americana e das economias capitalistas e totalitárias. Eles enxergavam o patriarcalismo, o militarismo, o poder governamental, as corporações industriais, a massificação, o capitalismo, o autoritarismo, e os valores sociais tradicionais como parte de uma "instituição" única, e que não tinha legitimidade.

Origens

O termo derivou da palavra em inglês hipster, que designava as pessoas nos EUA que se envolviam com a cultura negra, e.x.: Harry The Hipster Gibson. Em 6 de setembro de 1965, o termo hippie foi utilizado pela primeira vez, em um jornal de São Francisco, um artigo do jornalista Michael Smith. * A eclosão do movimento se seguiu ao surgimento da chamada Geração Beat, os beatniks, uma leva de escritores e artistas que, primeiramente, assumiram os comportamentos copiados pelos hippies. Com a palavra "beat", John Lennon, transformado em um dos principais porta-vozes pop do movimento hippie, criou o nome da sua banda "The Beatles". Tanto o termo beatnik como o termo hippie assumia sentido pejorativo para a grande massa norte-americana.

Estilo e comportamento

O símbolo da paz foi desenvolvido na Inglaterra como logo para uma campanha contra o desarmamento nuclear, e foi adotado pelos hippies americanos que eram contra há guerra nos anos 60.

Nos anos 60, muitos jovens passaram a contestar a sociedade e a questionar os valores tradicionais e o poder militar e econômico. Esses movimentos de contestação iniciaram-se nos EUA, impulsionados por músicos e artistas em geral. Os hippies defendiam o amor livre e a não-violência. Como grupo, os hippies tendem a viver em comunidades coletivistas ou de forma nômade, vivendo e produzindo independentemente dos mercados formais, usam cabelos e barbas mais compridos do que era considerado "elegante" na época do seu surgimento. Muita gente não associada à contracultura considerava os cabelos compridos uma ofensa, em parte por causa da atitude iconoclasta dos hippies, às vezes por os acharem "anti-higiênicos" ou os considerarem "coisa de mulher”.

Foi quando a peça musical Hair saiu do circuito chamado off-Broadway para um grande teatro da Broadway em 1968, que a contracultura hippie já estava se diversificando e saindo dos centros urbanos tradicionais.

Os Hippies não pararam de fazer protestos contra a Guerra do Vietnã, cujo propósito era acabar com a guerra. A massa dos hippies eram soldados que voltaram depois de ter contato com os Indianos e a cultura oriental que, a partir desse contato, se inspiraram na religião e no jeito de viver para protestarem. Seu principal símbolo era o Mandala (Figura circular com três intervalos iguais).

Gírias

As gírias hippies surgiram no Brasil principalmente nos anos 70 e se tornaram tendência entre os jovens e atualmente são usadas com menos freqüência, mas muitas nunca deixaram de ser usadas por jovens e "coroas" (que é uma gíria hippie).

  • Arquibaldo - Torcedor de arquibancada;
  • Barra - Dificuldade;
  • Bicho - Amigo;
  • Bicho Grilo - Hippie;
  • Bichogrilês - Idioma dos Hippies;
  • Biônico - Político nomeado pelo governo;
  • Bode - Confusão;
  • Capanga - Bolsa;
  • Chacrinha - Conversa sem objetivos;
  • Coroa - pessoa não-jovem (mais de 30 anos);
  • Dar o cano - quebrar compromissos;
  • Eutôquetôquenemtôdetantoquetô - Eu Estou bem;
  • Fazer a cabeça - mudar a cabeça de alguém;
  • Geraldino - Torcedor de geral;
  • Goiaba - Bobo;
  • Jóia - Tudo bem;
  • Podes crer - Acredite; concordo;
  • Repeteco - Repetição;
  • Cara - pessoa, usado para mulheres e homens;
  • Sacar - entender;
  • Pô - Exclamação de contrariedade;
  • Meu - pessoa, tchê, cara;
  • Não dá nada - não tem problema;
  • Corta essa! - desiste, muda (exclamação);
  • Mudar a cabeça - mudar o modo de pensar;
  • Acertar as cabeças - combinar (pessoas);
  • Falou e disse - disse tudo;
  • Falou - o mesmo que falou e disse;
  • Velha e velho - pai e mãe;
  • Véio - amigo;
  • Falou - Tchau, Até Mais.

Outras características associadas aos Hippies
  • Roupas de cores brilhantes e alguns estilos incomuns, (tais como calças boca-de-sino, camisas tingidas, roupas de inspiração indiana);
  • Predileção por certos estilos de música, como rock psicodélico: Rolling Stones, The Beatles, Grateful Dead, Jefferson Airplane, Janis Joplin, Jimi Hendrix, Led Zeppelin, Quicksilver Messenger Service, The Doors, Pink Floyd, Bob Dylan, Raul Seixas, Mutantes, Zé Ramalho, e soft rock como Sonny & Cher;
  • Às vezes tocar músicas nas casas de amigos ou em festas ao ar livre como na famosa "Human Be-In" de San Francisco, ou no Festival de Woodstock em 1969. Atualmente, há o chamado Burning Man Festival;
  • Amor livre e sem distinções;
  • Ideais anarquistas de comunidades igualitárias e total liberdade não violenta;
  • Vida em comunidades onde todos os ditames do capitalismo são deixados de lado. Por exemplo, todos os moradores exercem uma função dentro da comunidade, as decisões são tomadas em conjunto, normalmente é praticada a agricultura de subsistência e o comércio entre os moradores é realizado através da troca. Existem comunidades hippies espalhadas no mundo inteiro; vivem para a subsistência;
  • O incenso e meditação são partes integrantes da cultura hippie pelo seu caráter simbólico e quase religioso;
  • Uso de drogas como marijuana (maconha), haxixe, e alucinógenos como o LSD e psilocibina (alcalóide extraído de um cogumelo), visando a "liberação da mente", seguindo as idéias dos beats e de Timothy Leary, um psicólogo proponente dos benefícios terapêuticos e espirituais do LSD. Porém muitos consideravam o cigarro feito de tabaco como prejudicial à saúde. O uso da maconha era exaltado também por sua natureza iconoclasta e ilícita, mais do que por seus efeitos psico-farmacêuticos;
  • Culto pelo prazer livre, seja ele físico, sexual ou intelectual;
  • Repúdio à ganância e à falsidade;
  • Quanto à participação política, mostravam pouco interesse. Eram adeptos do pacifismo e, contrários à guerra do Vietnã, participaram de algumas manifestações anti-guerra dos anos 60, não todas, como se acredita. Nos EUA, pregaram o "poder para o povo”. Ir contra qualquer tipo de manifestação política também faz parte da cultura hippie, que privilegia muito mais o bem estar da alma e do indivíduo. Assumem uma postura tendente ao socialismo, são contra qualquer autoritarismo e preocupados com as questões sociais como a discriminação racial, sexual, etc.
  • Fome intelectual insaciável. Não são adeptos de inovações tecnológicas, preferindo uma vida distante de prazeres materiais;
  • Misticismo.

Legado

Por volta de 1970, muito do estilo hippie se tornou parte da cultura principal (a Cult
ura Popular), disseminando a sua essência por todas as áreas das sociedades atuais. A liberdade sexual, a não-discriminação das minorias, o ambientalismo e o misticismo atual são, em larga medida, produtos da contestação hippie No entanto, a grande imprensa perdeu seu interesse na subcultura hippie como tal, apesar de muitos hippies terem continuado a manter uma profunda ligação com a mesma.

Como os hippies tenderam a evitar publicidade após a era do Verão do Amor e de Woodstock, surgiu um mito popular de que o movimento hippie não mais existia. De fato, ele continuou a existir em comunidades mundo afora, como andarilhos que acompanhavam suas bandas preferidas, ou às vezes nos interstícios da economia global. Ainda hoje, muitos se encontram em festivais e encontros para celebrar a vida e o amor, como no Peace Fest e nas reuniões da família arco-íris. No Brasil temos algumas comunidades Hippes espalhadas por praias e comunidades alternativas. Neste contexto, destacam-se a cidade mineira de São Tomé das Letras, o vilarejo Trindade em Parati, RJ, Pirenópolis em Goiás, Trancoso na Bahia, etc.

No cenário musical, destacam-se o cantor Raul Seixas e a banda Mutantes, que fizeram grande sucesso nos anos 60 e 70 e tem milhares de fãs ainda hoje. Na cena musical contemporânea, destaca-se o cantor Ventania, baseado em São Tomé das Letras, MG. Ventania tem em seu repertório inúmeras obras, que falam desde o livre pensar ao desapego material, cultuando a natureza e os ideais Hippes.